Descrição
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A obra de José Maria Dias da Cruz é tanto paradoxal quanto necessária. As palavras não dão conta do pensamento plástico e o que pode parecer óbvio para pintores com alguma estrada muitas vezes é incompreendido pela historiografia das artes. Comunica-se usualmente através de palavras, mas como dar conta da fenomenologia do olhar se ela é de outra ordem?
Aí reside a relevância deste livro: a pintura é o estudo ótico mais antigo da humanidade. Sua obra não é exatamente uma teoria das cores, mas como na natureza tudo está colorido, como escreve Cézanne, o estudo do olhar passa pela pesquisa da dinâmica das cores no espaço. O rompimento do tom é central e atribui ao olhar a dimensão temporal que difere José Maria de toda a literatura pregressa no tema.
Mais uma vez Cézanne: “Há uma lógica plástica em pintura: o pintor deve obediência somente a ela. Jamais à lógica do cérebro… a matéria de nossa arte está lá, naquilo que os olhos pensam.” Logo José Maria convida o leitor não só a aguçar e compreender sua percepção visual, mas a torná-la sua principal ferramenta de mediação com o mundo visível.
Bernardo Magina
Pintor e professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage.
Mestre em Arte e Cultura Contemporânea pela UERJ.
JOSÉ MARIA DIAS DA CRUZ
José Maria Dias da Cruz nasceu no Rio de Janeiro em 1935. Com onze anos começou a pintar. Leu livros de vários artistas Braque, Leonardo da Vinci, Delacroix, Redon, André Lhote e outros. Assim, começou entrando em contato com as fontes primárias. Recebeu orientação de vários artistas, como Ibere Camargo, Milton Dacosta, Pancetti.
Aos quarorze anos estuda com Santa Rosa, Aldaru Toledo e Jan Zach, e em 1956 com Emílio Pettoruti. Em Paris. Retorna ao Brasil em 1958. Em Paris conheceu a obra de Braque. Quando leu o livro de Andre Lhote, De la palette a l’ecritoire, passa a se interessar por Poussin e Cézanne.
Nesse percurso José Maria desenvolveu uma teoria das cores. Descobriu o cinza sempiterno. Repensou o rompimento de tom, interpretou o serpenteamento vinciano, pensou nas cores abstratas substantivas e concretas adjetivas, e descartou o círculo cromático iluminista.
Para José Maria um artista não é um ego, é um eco.
FICHA TÉCNICA
Titulo: O cromatismo Cezanneano (2ª edição)
Autor: José Maria Dias da Cruz
ISBN: 978-65-992476-2-0
Formato: 14×21
nº de páginas: 136
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