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Um livro impressionante: Cromatismo Cezanneano

Se você é fascinado por artes plásticas, você precisa ler este livro do José Maria Dias da Cruz – inspirado em Paul Cézanne, pai da pintura moderna, quem abalou as convenções artísticas de cinco séculos e mostrou uma nova forma de representar o mundo. 

Fique tranquilo, este não é mais um título de releitura de suas obras, nem mesmo uma análise das cores e formas utilizadas pelo pintor. Ele é, nas palavras da Professora Sandra Makowiecky, “(…)uma aventura de descobertas e mergulho intenso no universode artistas, cores e formas.” 

Dimensão temporal das cores

As palavras do autor quase não alcançam o seu elevado pensamento plástico, o que torna essa obra tão paradoxal quanto necessária. Este velho dilema artístico quanto as ordens da estética, de forma descrita inunda as páginas. E aí que reside a relevância deste livro: a pintura é tratada como o estudo ótico mais antigo da humanidade. 

“Na natureza tudo está colorido”, como escreve Cézanne, e na 2.ª Edição de O Cromatismo Cezanneano também. José Maria desenvolveu um estudo que vai além da teoria das cores, rompendo com o tom central de toda literatura que pregressa no tema. Atribuindo ao olhar a dimensão temporal da dinâmica das cores no espaço.

Um convite ao leitor não só a aguçar e compreender sua percepção visual, mas a torná-la sua principal ferramenta de mediação com o mundo visível.

A lógica plástica da pintura

Bernardo Magina, pintor e professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, introduz o texto da contracapa com uma citação clássica de Cézanne: “Há uma lógica plástica em pintura: o pintor deve obediência somente a ela. Jamais à lógica do cérebro… a matéria de nossa arte está lá, naquilo que os olhos pensam.” 

Para o pintor, que se refere a José Maria como Mestre, estamos diante de um autor com dois olhos, duas mãos e numa percepção espacial enriquecida por sua racionalidade ao estudar as cores no espaço plástico da pintura.

A Crítica de arte e Professora, Sandra Makowiecky, abrilhantou a nova edição de O Cromatismo Cezanneano com um prefácio que se fez referência e foi muito além da costumeira tarefa atribuída aos prefaciadores: a de apresentar o autor e a obra. Para a professora da UDESC, poucos artistas fazem o que ele faz. 

“Eu percebo sua tentativa de explicar em termos metodológicos e epistemológicos não apenas sua pintura, mas como se dá essa transmissão de conhecimento em arte, através dos fundamentos da linguagem visual do estudo de cores e do espaço”

O Autor

Ao falar em José Maria Dias da Cruz, trataremos de um carioca da gema, nascido no Rio de Janeiro em 1935 e pintor desde os 11 anos. Desde os seus primeiros esboços teve o privilégio de estar em contato com artistas, que acabaram por orientá-lo em suas obras, como Ibere Camargo, Milton Dacosta e José Pancetti. Aos 14 anos estuda com Santa Rosa, Aldaru Toledo e Jan Zach, aos 21 com Emílio Pettoruti em Paris. Em 1958, com 23 anos, retorna ao Brasil com toda essa bagagem cultural, onde havia conhecido as obras de Braque, Andre Lhote, De la Palette a l’ecritoire, e passou a se interessar por Poussin e Cézanne.

“Um artista não é um ego, é um eco.”  – José Maria

Durante o seu percurso acadêmico desenvolveu uma teoria das cores e descobriu o cinza sempiterno. Foi ele quem repensou o rompimento de tom, interpretou o serpenteamento vinciano, pensou nas cores abstratas substantivas e concretas adjetivas, e descartou o círculo cromático iluminista.

Este é um lançamento da Editora Enunciado Publicações e um livro coringa que não pode faltar na sua estante, se você estuda e quer aprimorar seu conhecimento sobre o comportamento das cores. 

Disponível para venda: enunciado.com.br

FICHA TÉCNICA DO LIVRO

Título: O Cromatismo Cezanneano (2ª edição)

Autor: José Maria Dias da Cruz

ISBN:  978-65-992476-2-0

Formato: 14×21

Nº de páginas: 136

Editora: Enunciado Publicações

Preço de capa: 49,90